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Vincent, de Barbara Stok

21 outubro 2018

Vincent Van Gogh é o meu pintor favorito, além de amar a sua história, eu amo suas pinturas e as acho de um bom gosto maravilhoso. Não sou uma especialista em arte, apenas gosto de ler a respeito no meu tempo livre.

Recentemente comecei a ler a biografia oficial do Van Gogh, sim aquela de mil páginas da Companhia das Letras, e por sempre dizer que amava o pintor, fui presenteada com essa edição maravilhosa em quadrinhos, que retrata sua história de uma forma bem menor complexa do que a biografia, mas igualmente prazerosa.

Sinopse: 
Vincent van Gogh (1853-1890) e sua mente torturada conceberam uma arte fascinante que transcendeu sua própria história para se tornar um dos mais expressivos e maravilhosos conjuntos de pinturas jamais concebidos. Nesta graphic novel de traços pop originalíssimos, Barbara Stok retrata de forma delicada e luminosa os últimos anos da vida do pintor holandês, passados na França, onde encontrou não apenas seu fim, mas também a natureza e a luz que imortalizou em seus quadros. Em 1888, após uma estadia de dois anos em Paris, Vincent van Gogh muda-se para Arles, no sul da França. A luminosidade, os espaços abertos e as paisagens bucólicas da região, além do próprio contato com a natureza, fornecem ao artista a matéria-prima para aquela que é considerada a fase mais rica e revolucionária de sua arte.  Se por um lado o ambiente o enche de contentamento e esperança, por outro agravam-se seu desequilíbrio e sua angústia, piorados ainda pela falta de dinheiro e de perspectivas concretas de futuro e pela culpa de ser um fardo para o irmão, Theo, que o sustentava financeiramente.  É esse turbulento e rico período, não apenas crucial para a compreensão do gênio Van Gogh como também emblemático de sua existência, que a artista gráfica Barbara Stok retrata, com um colorido e uma singeleza dignos do gênio holandês. Barbara pinta com todas as cores um Vincent humano, com suas ambiguidades e fraquezas. Incorporando sabiamente trechos de cartas escritas ao irmão Theo e telas do próprio pintor, aborda seu processo criativo, suas ideias sobre pintura e a obcecada convicção em sua própria arte, que sempre o guiou. O resultado é um personagem cativante, repleto de nuances, e que emociona por sua arte e também pela pureza da paixão com que a perseguia. 


Vincent foi um ser humano incompreendido e suas obras só foram valorizadas depois de sua morte, o que acaba sendo irônic se formos analisar bem. Nessa HQ, nós temos a chance de conhecer Vincent quando ele se mudou para o sul da frança, onde pôde expandir sua arte devido a todos os recursos que aquele lugar lhe oferecia. No entanto, toda a sua angústia e o seu desequilibrio emocional se agravam. 
Muitos falam que os gênios nascem da dificuldade, talvez seja isso mesmo em relação ao Van Gogh, que além de já ter um desequilibrio emocional, dependida financeiramente do seu irmão e isso pesava muito em sua mente. Todos que conhecem um pouco da história de Vincent, sabe que seus quadros são harmônicos e nos contam coisas tão particulares sobre ele e sobre a sua volta, que é impossível não tentar desvendar o que Vincent pensava quando estava envolvido pelo "sagrado" quando pintava. 

O desequilibrio emocional de Van Gogh foi muito bem representado, pois a autora construiu essa HQ em cima de cartas que Vincent mandou para seu irmão, Theo e, com isso, podemos ver também seu lado super humano e sensível, capaz de deixar qualquer fã muitom ais envolvido com a trama. Por ser uma HQ, a narrativa é muito fácil e tranquila e as ilustrações saltam das páginas de tão vivídas e coloridas que são, representando muito bem quem foi Vincent.
Para quem já leu a biografia completa, sabe que existe MUITA coisa por trás de sua história, desde a sua infância se sentindo deslocado até o seu falecimento, mas essa HQ conta toda a trajetória de vida de Vincent de uma forma muito mais simplista e delicada, o que a torna muito especial. Talvez nem todos conhecem muito bem Van Gogh, alguns apenas estudaram um pouco sobre o pintor na escola, mas para quem tem interesse em desvendar a mente de um artista incompreendido que só se tornou famoso após sua morte, é com certeza um bom começo.

Eu sou muito suspeita para falar sobre esse livro, porque eu amo a história de Vincent e amo o seu trabalho, mas é sempre um prazer enxergar sua vida e obra de uma forma diferente. Suas cartas são simbólicas e cheias de sentimentos e dizem muito sobre quem ele foi. Se você está a procura de conhecer melhor Van Gogh, mas de uma forma mais simplista do que a biografia gigantesca, é um bom começo. Além de conhecer melhor o pintor, irá se deliciar com as ilustrações da talentosa Barbara. 
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