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Resenha: O jogo da Imitação

25 março 2015

Título: The Imitation Game (Original)
Ano produção: 2014
Direção: Morten Tyldum
Estreia: 5 de Fevereiro de 2015 (Brasil) 
Duração: 114 minutos
Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero: Biografia, drama, thriller
Países de Origem: Estados Unidos da América, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte

Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo britânico monta uma equipe que tem por objetivo quebrar o Enigma, o famoso código que os alemães usam para enviar mensagens aos submarinos. Um de seus integrantes é Alan Turing (Benedict Cumberbatch), um matemático de 27 anos estritamente lógico e focado no trabalho, que tem problemas de relacionamento com praticamente todos à sua volta. Não demora muito para que Turing, apesar de sua intransigência, lidere a equipe. Seu grande projeto é construir uma máquina que permita analisar todas as possibilidades de codificação do Enigma em apenas 18 horas, de forma que os ingleses conheçam as ordens enviadas antes que elas sejam executadas. Entretanto, para que o projeto dê certo, Turing terá que aprender a trabalhar em equipe e tem Joan Clarke (Keira Knightley) sua grande incentivadora.
Eu não sei o motivo de ter demorado tanto para assistir a esse filme. Eu simplesmente estou pegando todos os lencinhos que usei para enxugar as tantas lágrimas derrubadas com ele.
Maravilhoso. Eu não poderia descrevê-lo melhor. Confesso que me interessei pelo filme mais porque ele foi indicado ao Oscar e pelo Benedict estar nele, do que a história em si. Quer dizer, eu me interessava, mas esses dois motivos foram o que me levaram a realmente assistir essa obra prima.


Essa História foi muito bem contada. O drama que Turing passou na sua adolescência, com sua paixão secreta (muito secreta) pelo seu amigo Christopher, conseguiu ser transmitido de uma forma muito tocante. Eu adoro a Inglaterra, mas nessa época, eu a repudio totalmente. Conseguimos ver como Alan sofria por ser homossexual, não poder assumir e ainda por cima carregar o fardo de tentar vencer a guerra, se aliando a outros países e, mesmo tendo alcançado seu objetivo, mesmo sabendo que uma nação, o Planeta não saberia quem ele foi, não o fez desistir de acabar com a guerra. E se ele não fosse gay, as coisas teriam sido diferentes? Sim. A história dele seria contada para todos, ele não teria sido perseguido e sua genialidade poderia nos ter dado muitas outras coisas. Esse preconceito acabou com uma das mentes mais brilhantes de todos os tempos.
























Devo falar da escolha perfeita para o elenco. Eu adoro o Benedict, não há nem o que duvidar sobre isso, mas também adoro a Keira. Mas acredito que o filme não se resume a eles dois. Temos Matthew Goode, Mark Strong, Allen Leech, Charles Dance e muitos outros. O show de atuação fez parte do espetáculo e só deixou a obra mais interessante ainda. O filme foi adaptado, sabemos que muitas coisas são omitidas, mudadas, porque temos um ''limite'' de tempo para que a história seja contada. No entanto, eu gostei de como ela foi mostrada e isso de forma alguma prejudicou o meu entendimento sobre quem foi Alan Turing. E, se hoje eu posso estar aqui fazendo essa resenha, é porque eu devo a esse cara.























"- As máquinas poderiam pensar como seres humanos pensam?
- Bem, o problema é que está fazendo uma pergunta idiota.
- É claro que máquinas não podem pensar como as pessoas.
- Pois são diferentes de pessoas.
- Portanto pensam de modo diferente.
- A questão interessante é, só porque alguma coisa pensa diferente de você, significa que ela não pensa?
- Nós concordamos que os humanos divergem uns dos outros.
- Você gosta de morangos, eu odeio patinação no gelo, você chora com filmes tristes, eu sou alérgico a pólen.
- Como explicar gostos diferentes, preferências diferentes, senão dizendo que nossas mentes trabalham de modo diferente, que pensamos de modo diferente?
- E se podemos dizer isso um do outro porque não podemos dizer o mesmo de mentes... construídas de cobre, arame e aço?"


Quem foi Alan Turing? (Fonte Wikipédia)

Alan Mathison Turing OBE (23 de Junho de 1912 — 7 de Junho de 1954) foi um matemático, lógico, criptoanalista e cientista da computação britânico. Foi influente no desenvolvimento da ciência da computação e na formalização do conceito de algoritmo e computação com a máquina de Turing, desempenhando um papel importante na criação do computador moderno. Ele também é pioneiro na inteligência artificial e na ciência da computação.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Turing trabalhou para a inteligência britânica em Bletchley Park, num centro especializado em quebra de códigos. Por um tempo ele foi chefe do Hut 8, a seção responsável pela criptoanálise da frota naval alemã. Planejou uma série de técnicas para quebrar os códigos alemães, incluindo o método da bomba eletromecânica, uma máquina eletromecânica que poderia encontrar definições para a máquina Enigma. (Continue sabendo da história dele aqui).




Comentários
6 Comentários

6 comentários :

  1. Amiga gostei bastante da sua resenha.
    Eu ainda não tinha visto esse jogo da imitação e a história em si me chamou bastante atenção.
    Espero poder ter a oportunidade, porque já não venho assistindo nada ultimamente viu?!
    Mas mesmo assim parabéns pela sua abordagem. Sua dica para mim já está anotada !


    http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2015/03/resenha-apenas-uma-garota-comum.html

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  2. É um excelente filme, Sil, tenho certeza que irá gostar. obrigada, grande beijo! <3

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  3. Resenha excelente, super completa! Ouvi falar muito bem desse filme!

    Beijos
    amorices.com

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  4. Oi Anne!
    Também gostei muito do filme. Benedict Cumberbatch é sempre ótimo!
    Eu também não tinha a menor ideia de quem fora Alan Turing. Linda história.
    Beijos
    alemdacontracapa.blogspot.com

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  5. É excelente, muito boa história. O interessante é que The imitation game, em princípio, parece-II Guerra Mundial. Tem soldados, tanques, ecos de bombas, a sombra de Hitler. Avanços, percebemos que abrange mais do que um evento histórico. abrangido pela presente de nossas vidas. Alan Turing foi um herói injustamente esquecido. Turing não existiria sem Bill Gates ou Steve Jobs não teria existido. Mesmo algumas lendas atribuído à Apple Turing Wolf.

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